"Porque o SENHOR tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música". (Isaías 51:3)
Cada um de nós tem a sua maneira de lidar com situações problemáticas.
Devido a nossa individualidade, podemos enxergar de
modo diferente um mesmo momento
ruim em nossas vidas.
Mas todos nós, sem exceção, já vivemos um
período que muitos chamam de "deserto",
um termo comum que significa uma
fase de solidão em um caminho de dor.
"Quando passamos por um deserto não
temos ajuda, não temos conselho, não
temos amigos".
A maioria descreve esse mesmo quadro.
"Ficamos abandonados, amargando nossas
tragédias pessoais".
Mas por que o "deserto" de cada um de nós
tem que ser assim? Não somos uma família,
a família na qual o cabeça é Cristo?
Por que não ampararmos mutuamente?
Penso que as pessoas fogem dos problemas alheios.
Quando a dor é muito grande, as pessoas não
sabem o que dizer, como ajudar, como ficar perto.
A maioria de nós prefere não se envolver.
Pensamos que na vida isso faz parte, e que
logo a pessoa sairá e ficará bem.
Mas esquecemos que muitos demoram a
ficar bem, alguns de fato ficam mais ou menos bem, trazendo para dentro de si a dor de um trauma que persiste, um trauma que pode durar uma vida toda.
E tem aqueles que realmente saem do "deserto" sozinhos, mas sofrem em demasia, sofrem porque
não foram ajudados, não foram consolados,
não foram amparados.
Que tipo de gente nós somos quando enxergamos
a dor de um irmão e ficamos alheios a isso?
Por que essa palavra "deserto" tem ainda que
estar em nosso meio?
Será mesmo que Deus, que é o Senhor de nossas
vidas, abandona alguém, deixando-a a mercê de
um momento ruim? Eu não creio em um Deus assim.
Isso é contra a sua natureza.
Ele se entristece com tanta falta de amor
e quando não ajudamos ao nosso próximo.
Enquanto nos fartamos em nossos instantes plenos de alegria, de motivação, de êxito, o nosso companheiro ao lado está vivendo um momento profundo de dissabor.
Sabe por que o "deserto" ainda existe?
Porque somos ausentes no que diz respeito ao
problema de nosso irmão!
Somos imperceptíveis e gostamos de ser assim!
E se gostamos, precisamos mudar isso de uma vez!
O deserto de alguém pode chegar ao fim quando
estendermos nossa mão, quando intercedermos em
uma oração que pode fazer a diferença, quando
caminharmos juntos, quando entendermos as
lágrimas de nosso próximo.
No deserto, quantos já se desesperaram e buscaram ajuda em pessoas que não possuem o poder do Reino dos Céus, e tiverem que tomar direções errantes, tiverem que escutar conselhos que não cabem a um filho de Deus. Foram humilhados, massacrados porque foram iludidos e esperaram demais por uma solução que nunca chegou.
Para aqueles que estão vivendo um momento
de deserto, posso assegurar que vocês não
estão sozinhos.
Não fiquem decepcionados com palavras
que vocês não ouviram, com atitudes que vocês
não viram acontecer; não entrem em
autocomiseração.
Algumas pessoas dizem, que foram nesses instantes
que mais aprenderam o poder da consolação
que o Espírito Santo tem.
E sempre existe alguém que está sensível à voz de Deus.
No meio de tanta gente que está aquém do que
está vivendo, Deus sempre levanta uma pessoa para erguer você, para fazer a diferença em sua dor,
para falar coisas edificantes que fazem
você seguir em frente.
Eu não acredito em deserto, eu acredito
em um vale, um vale onde existe, sim, caminhos difíceis,
mas que existem também planícies verdejantes,
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