Pai Ausente, Pai Presente

Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Marcos 15:34

Um filho ou filha sem o pai pode obter imenso sucesso. Por exemplo, Ben Carson cresceu sem o pai. Bill Clinton perdeu o pai em um acidente de carro três meses antes de nascer. Halle Berry foi abandonada pelo pai quando tinha 4 anos. Steve Jobs foi criado pelo padrasto. Barbra Streisand perdeu o pai quando tinha 2 anos. Jamie Foxx foi abandonado pelos pais e adotado pelos avós. Barack Obama encontrou o pai apenas uma vez antes que este morresse num acidente de carro.

A lista de celebridades sem o pai é imensa. Alguns podem até ser tentados a pensar que a figura paterna inibe ou impede o sucesso dos filhos. Porém, a verdade é que existem dezenas de estudos indicando que a ausência do pai ou da mãe cria muitos traumas. Filhos sem pais têm uma probabilidade muito maior de enfrentar problema de identidade sexual, consumir drogas, desenvolver doenças mentais, cometer suicídio, ter gravidez na adolescência e se envolver em crimes. Exemplos tristes de filhos sem pai incluem o pistoleiro Billy the Kid; John Wilkes Booth, assassino de Abraão Lincoln; Jack, o Estripador; Adolf Hitler; Lee Harvey Oswald, assassino de John Kennedy; e Saddam Hussein.

Talvez pior do que não ter pai é ter uma má referência paterna. Há alguns anos, num livro que inspirou uma geração de jovens que tentavam viver a espiritualidade cristã num contexto secularizado, Donald Miller revelou que encontrou o pai apenas três vezes, sempre no frio inverno. “É impossível admirar alguém mais do que eu admirava aquele homem”, Miller escreveu. Porém, depois de alguns anos, o pai desapareceu totalmente. “Hoje, fico imaginando por que Deus se refere a si mesmo como ‘Pai’”, comentou o autor. “Para mim, à luz da representação terrena desse papel, isso parece um erro de marketing. Por que Deus iria querer chamar a si mesmo de Pai, quando tantos pais abandonam seus filhos?”

O próprio Jesus enfrentou essa dor. Na cruz, em meio a uma densa escuridão física e espiritual, Jesus, que sempre se sentira amado por Deus e se dirigia a ele como Pai, clamou: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Como podia o Pai desertar do Filho na pior hora? Na verdade, o Pai estava ali, embora oculto. Um pai terreno pode abandonar o filho, mas o Pai celestial jamais nos abandona. Na hora mais escura de sua vida, agarre-se a Deus com ambas as mãos e grite com todo o ser, como fez o Salvador, pois o Pai está lá. Jesus experimentou a separação do Pai para que você possa ter sempre a presença do Pai com você.

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