quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Tudo posso naquele que me fortalece.

Tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:13

Numa tarde de 1999, eu estava aguardando na sala de espera de uma clínica perto da Universidade Andrews, nos Estados Unidos. De repente, ele veio em minha direção e estendeu a mão trêmula pelo mal de Parkinson. Seria possível? Era. Tive a honra de apertar a mão de uma lenda do boxe, Muhammad Ali, que tinha uma mansão em Berrien Springs. Para quem não está familiarizado, Ali foi um dos maiores pesos-pesados da história do pugilismo, eleito por uma prestigiada revista de esportes o “esportista do século” e pela BBC a “personalidade esportiva do século”.

Porém, o aspecto que desejo mencionar aqui é seu estilo polêmico. Afirmações como “eu sou o maior”, “eu abalo o mundo”, “eu sou o melhor”, “impossível não é um fato, é uma opinião” e “suas mãos não podem atingir o que os seus olhos não podem ver” são apenas alguns exemplos de sua retórica de supercampeão.

Esse tipo de discurso não combina com o cristão. Mas será que o cristão pode usar termos triunfalistas? Bem, um deles usou. Basta você ler as cartas de Paulo para constatar isso. A diferença é que o boxeador exalta os próprios poderes, enquanto o apóstolo exalta os poderes de Deus. A retórica de Paulo é tão forte que ele parece ter confiança de que, em Cristo, pode tudo.

Alguns exemplos: “em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8:37); Deus “é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós” (Ef 3:20); “é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar” (Fp 2:13); Deus “nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15:57); Deus “sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo” (2Co 2:14); “temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós” (2Co 4:7); nossas armas “são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2Co 10:4); o poder de Deus “se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9); “eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim” (Cl 1:29); “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13).

Paulo não diz “eu não posso”, que é a linguagem do pessimismo, nem “eu posso”, que é a linguagem da presunção, mas “eu posso por meio de Cristo”, que é a linguagem da fé e do poder.

É incrível o que os confiantes em Deus podem realizar. Se você está em Cristo, tem o DNA de um vencedor. Se você é fraco, ele é forte. Quando você não sabe, ele sabe. O poder eterno de Cristo pode ajudar você a fazer algo para a eternidade.




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